quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Sem papas na língua

 


Em Coimbra, onde tem residência e família, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) liberta-se e daqui disse ao país que os deputados socialistas na Assembleia da República, que são docentes e votaram “contra os seus colegas”, deviam “ter vergonha na cara”.

“É lamentável que alguns colegas nossos, que são deputados do Partido Socialista (PS), tenham conseguido votar contra os seus colegas, esquecendo-se que se estivessem nas escolas, era o salário dos colegas que eles tinham”, declarou Mário Nogueira. Tudo isto porque o PS chumbou, no Parlamento, todas as iniciativas legislativas que propunham a recuperação faseada do tempo de serviço de professores, uma das principais reivindicações dos docentes. “Pensarem que desta forma, absolutamente vergonhosa, vão conseguir continuar a ser alimentados por um aparelho que os mantém como deputados, deviam ter vergonha na cara esses professores que são deputados desse partido”, acrescentou à entrada do Centro Escolar Norton de Matos, em Coimbra, na passada sexta-feira, dia de greve nacional de professores e educadores. Aos jornalistas disse também que a Fenprof soube, através de directores de escolas, que “há pessoas com o 11.º ano, sem qualquer tipo de habilitação, a apresentar candidaturas às escolas para poderem dar aulas”. “Não podem, para já. Mas uma das soluções que parece que está a ser encontrada pelo Governo para resolver a falta de professores é, precisamente, o cada vez mais, recorrer a diplomados que não são professores, é baixar a formação para professores”, apontou. Como diz a canção... se não for verdade, que morra já aqui!

 

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