Se em Coimbra tem sido polémico o corte de árvores para abrir o canal do MetroBus, na Lousã a situação parece mais semelhante ao que se descreve na Amazónia. De acordo com notícias já vindas a público e, agora, através do Bloco de Esquerda, desde 27 de Setembro que uma empresa de exploração de madeira “tem vindo a avançar com o corte raso e indiscriminado de árvores em plena Serra da Lousã, na zona da aldeia serrana da Silveira, inserida na Rede Natura 2000 e na Reserva Ecológica Nacional (REN)”.
O corte de árvores motivou dois embargos, um por parte do Município da Lousã e outro por parte da empresa local Silveiratech, ambos desrespeitados, o que levou o Município da Lousã a apresentar queixa-crime ao Ministério Público por furto. Também a GNR levantou um auto de contra-ordenação devido à abertura de caminhos e trilhos sem autorização em zona da Rede Natura 2000. Uma sucessão de acontecimentos que tem gerado uma onda de indignação na população. E o Bloco explica: “a área em questão, onde existem 13 espécies protegidas em 15 habitats, tem um valor ecológico reconhecido pela classificação como Rede Natura 2000, uma rede de áreas designadas para conservar os habitats e as espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis na União Europeia, e como REN, conjunto das áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pela exposição e susceptibilidade perante riscos naturais, são objecto de protecção especial. A destruição de floresta numa área com estas características implica um óbvio prejuízo ambiental, consistindo numa ameaça directa à biodiversidade, aumentando a erosão do solo e os riscos de desertificação”. Concluindo, as árvores não podem estar mesmo em paz! Quando não são os incêndios...
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