quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Descendente de D. Afonso Henriques casou com princesa do Havai

 


D. Alfredo Corte Real Souto Neves celebrou há dias o seu casamento na terra das suas origens, ali algures em Santa Maria da Feira. O invulgar do fausto banquete reside apenas na origem nobiliárquica dos noivos, ele assumido descendente de D. Afonso Henriques e dos condes de Vila da Feira, ela princesa do Havai.

Não fosse a ascendência régia velha de quase mil anos, era assunto para as parangonas dos grandes jornais mundiais, quem sabe com direito a cerimónia conduzida por Christine Lagarde, presidente do BCE, de elevados e reconhecidos méritos financeiros, cuja apresentação talvez pudesse andar mais ou menos por aqui, dado ser ela que risca e desarrisca nos bolsos de quem precisa, já que nos outros nem lhe toca: “Eis Sua Excelência D Alfredo, descendente de El-Rei D. Afonso I e supostamente gerado no dia seguinte à batalha de S. Mamede, figura ilustre da nobreza de Portugal e, como tal, de bolsos vazios; e sua esposa acabadinha de consigo contrair matrimónio, chegada há dias do Havai onde é princesa ainda não herdada, mas provável herdeira de fortuna suficiente para acrescentar três ou quatro pisos ao Castelo da Vila da Feira, onde o casal admite vir a residir e ter muitos filhos.” Já agora uma sugestão que nos parece oportuna: como as medalhas de ouro da cidade de Coimbra estão baratas (quase tanto como as de Belém), bem se poderia oferecer uma a D. Alfredo quando ele viesse à Igreja de Santa Cruz apresentar a noiva ao recuado descendente Afonso Henriques e beijar-lhe o anel, presumivelmente ao tempo ainda não fabricado pela Ourivesaria Costa.

 

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