segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A crise tinha de “servir” para alguma coisa...

As 85 pessoas mais abastadas são tão ricas quanto a metade mais pobre da população mundial, acaba de divulgar a organização não governamental Oxfam, cujos estudos concluíram que as desigualdades económicas aumentaram rapidamente na maioria dos países desde o início da crise.

Cerca de metade da riqueza mundial é actualmente detida por um por cento da população, assinala aquele organismo.

Num relatório intitulado “Governar para as elites: sequestro democrático e desigualdade económica”, a Oxfam conclui que a concentração de 46 por cento da riqueza nas mãos de uma minoria traduz um nível de desigualdade “sem precedentes”, o qual ameaça “perpetuar as diferenças entre ricos e pobres até as tornar irreversíveis”.

Para a Oxfam, este aumento das desigualdades deve-se em grande parte à desregulamentação financeira e às regras que facilitam a evasão fiscal.

A organização também alerta para as medidas de austeridade, as políticas desfavoráveis para as mulheres e a confiscação das receitas provenientes do petróleo e da extracção de minérios.

Aos participantes na próxima edição do Fórum Económico Mundial (WEF), a Oxfam apela no sentido da obtenção de “um compromisso” para não se utilizarem «paraísos fiscais», não trocar dinheiro por favores políticos e exigir aos governos para que garantam a saúde, a educação e a protecção social dos cidadãos com a arrecadação de receitas fiscais.

O WEF, que se reúne, dentro de dias, em Davos (Suíça), identificou as desigualdades económicas como um importante risco para o desejável progresso humano.

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