Na África do Sul, um coelho de bronze,
esculpido dentro da orelha de uma estátua de Nelson Mandela, está a
suscitar polémica. A irreverência dos artistas que criaram a
figura, em homenagem a “Madiba”, não agradou ao Governo de
Pretória.
Pelos vistos, a inclusão
do animal na entrada do ouvido do herói nacional foi a forma
encontrada pelos escultores para assinar a obra e, ao mesmo tempo,
expressar o seu descontentamento pelo facto de terem sido
pressionados para concluir, em poucos dias (após o falecimento de Mandela), a estátua de nove
metros de altura.
Na língua africânder ou “afrikaans”,
falada pelos primeiros colonos holandeses naquele território, coelho
diz-se “haas”, que também significa rapidez.
O Governo sul-africano não gostou da
liberdade criativa dos artistas e já avisou que, para restaurar a
dignidade da estátua, o animal vai ter de ser removido.
Por lá, queixam-se de um coelho
colocado, à sorrelfa, na estátua do herói nacional que, pelo seu
exemplo de vida, conseguiu conquistar o respeito e a admiração de
todos. Por cá, temos um Coelho que, às claras, nos vai ao bolso e
esmifra sempre que pode, coleccionando ódios e protestos. Querem
trocar?
Já agora, por falar em coelho, estufado com ervilhas é uma maravilha! São servidos?
[A imagem que aqui reproduzimos foi captada por um repórter da Agência Reuters e publicada no Diário de Notícias]
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