Manuel Rocha, conhecida e considerada figura de Coimbra, professor do Conservatório e militante do PCP há muitos anos, foi recentemente até à Rússia, país onde viveu vários anos e onde estudou e se formou, aproveitando para rever espaços e pessoas que bem conheceu noutros tempos.
Aproveitou e deu uma vista de olhos a um processo eleitoral que decorria algures, em zona da Ucrânia que a Rússia controla. Foi, veio e disse o que viu. Houve malta que não gostou e por causa disso o Manel está em vias de excomunhão no perímetro de Coimbra, pelo menos. Já sentiu alguns efeitos desse processo de excomunhão e mais recentemente, reunido o Conselho Senatorial do burgo, a Acusação pública propôs uma pena pesada para o Manel, a cumprir nos próximos 6 meses. A saber:1) Não tocar violino (em que é exímio executante), podendo todavia expandir
uns acordes musicais ao fim de semana, desde que seja em gaita dos beiços;
2) Descer as Escadas Monumentais às arrecuas (marcha atrás);
3) Fazer uma acção de formacão na Assembleia da República, com aulas
ministradas por 5 deputados de todos os partidos políticos, para se preparar
para fazer uma legislatura (4 anos) sem abrir a boca, levantando-se e
sentando-se de acordo com a batuta do chefe;
4) Proibição de publicar artigos em qualquer Jornal de Coimbra, ou exprimir
publicamente qualquer nesga de pensamento político próprio não previamente
aprovado pelo Conselho Senatorial. É-lhe todavia permitido criar uma pequena
rubrica a publicar no Borda de Água, sobre o método de cultura de tomates e
pepinos, incentivando a respectiva produção conjunta;
5) Recensear-se na Rússia e cá no país, comprometendo-se a votar Putin lá e
Ventura cá, de forma a equilibrar as coisas sem causar erosão no sistema
democrático.
6) Contestando a Acusação, a Defesa Oficiosa do Manel propõe uma pena mais
leve: que seja obrigado a manter-se no PCP mais 40 anos;
7) Não utilizar guarda-chuva nos próximos três invernos;
8) Ser obrigado a atravessar Coimbra de carro da Casa do Sal até ao Parque
de Campismo três vezes por dia até que o PCP volte a ter uma bancada
parlamentar de jeito, superior à do Chega.
O Conselho está desde a semana passada em reflexão no Palácio de S. Marcos.
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