Como se sabe, já ficaram pelo caminho as candidaturas de Leiria e de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, aguardando-se que sejam conhecidos os relatórios do júri para se poder reflectir sobre as razões da exclusão, que também colocou fora da corrida as cidades de Faro, Funchal, Guarda, Oeiras, Viana do Castelo e Vila Real.
Com o mal dos outros podemos bem, como se diz, e sabe-se que Coimbra gastou 2,6 milhões de euros na preparação da candidatura, desde 2018. É que só o líder da comissão multidisciplinar que coordenou a candidatura de Coimbra, Luís de Matos, recebeu 251 mil euros, correspondente à assinatura de quatro contratos. Quando perguntaram ao presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (PS), quanto foi gasto na candidatura ele respondeu: 258.900 euros, desde 2108, com um valor médio anual de 64.725 euros. Poder-se-à dizer que com tão escassa verba Leiria não iria conseguir. Pois, mas também não foram os milhões que passaram Coimbra... e o trabalho da comissão (à excepção de um elemento) não foi 'pro bono' pela Cultura, como se chegou a querer fazer ver.
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