Excelente oportunidade... ou talvez não
Já todos sabemos que, para qualquer
empresa cujo objectivo final seja apenas o lucro, o importante é
tão-só vender. Bem ou mal, com publicidade mais ou menos enganosa,
pouco interessa. Ora, nos tempos que correm, o tipo de estratégias adoptadas pelas marcas (e por quem as comercializa ao público) é, cada vez mais, disfarçada de “excelentes oportunidades”.
Em dois casos, encontrados noutros
tantos hipermercados, o que parece ser um bom negócio revela-se,
afinal, uma forma de iludir o cliente. Os mais atentos prestarão
atenção, há outros que podem aperceber-se do erro antes do
pagamento, mas há quem pegue, compre e nunca venha a saber ter sido
enganado.
No caso do queijo, à venda em metades
e em quartos, o hipermercado achou por bem colocar as duas variedades
ao mesmo preço. O cliente mais distraído, ou simplesmente
apressado, facilmente comprará um quarto de queijo pelo preço de
metade.
Noutro caso, a ilusão de promoção /
“excelente oportunidade” é ainda mais evidente. O hipermercado
«apregoa» um desconto de 25 por cento (de 1,65 euros para 1,24) nos
'snacks' para gato na variedade salmão e truta. Contudo, há a
referência ao pacote de 45 gramas que, estrategicamente, não é
visível ao consumidor por estar posicionado atrás dos pacotes da
mesma variedade, mas de 60 gramas e que custam 1,65 euros. O detalhe
está apenas nos gramas, mas o cliente que não preste atenção pode
vir a comprar o produto, considerando que fez um “bom negócio”
quando na realidade pagou o seu preço habitual.
Segundo o especialista Philip Kotler,
uma das regras do marketing é a “este conceito ser arte de
conquistar e manter clientes e desenvolver relacionamentos lucrativos
com eles”, algo que estes hipermercados parecem ainda não ter
entendido.
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