quinta-feira, 29 de março de 2018

“Crucificação” celestial


Em plena Quaresma e a pouco tempo de Sexta-feira Santa surgiu um movimento que pretende “crucificar” Celeste Amaro, directora regional da Cultura do Centro. 

Colocada perante uma petição pública que exige a sua demissão e a quer “condenar” por um “delito” de opinião, replica que “elogiar uns nunca é criticar outros”, esclarecendo que, na âmbito da apresentação da programação para 2018 do Leirena Teatro, em Leiria, quis “valorizar a forma como este grupo tem desenvolvido a sua actividade sem necessitar de qualquer apoio financeiro da Administração Central, ao longo dos seus quase sete anos de existência”. 

Quem não pensa assim é o Manifesto em Defesa da Cultura, acompanhado de vários artistas e docentes, numa posição algo estranha por vir de quem cultiva a arte e afirma a liberdade criativa, mas na maior parte dos casos vive de apoios e de funções públicas. 

Na petição pública, dirigida ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, os subscritores “repudiam” as declarações de Celeste Amaro e afirmam que, “em face da atitude que elas revelam, não tem condições para continuar no cargo”.


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