quinta-feira, 9 de novembro de 2023

E O SOBRESSALTO... ACONTECEU

 



Quando o médico Jaime Ramos apresentou o seu livro “Sobressalto pela Esperança”, em Lisboa, estava longe de imaginar que uns dias depois o Governo de maioria absoluta do PS iria dar um passou em frente à beira do abismo. “A nossa classe política e as elites económicas criaram uma bolha em Lisboa que blindou o país e se resignou, deixando de acreditar em Portugal” afirmou o autor que, pelo contrário, diz ter “esperança em Portugal” apesar de considerar que “os partidos políticos incapazes de se resignar” o que aumenta as responsabilidades das duas maiores organizações portuguesas “a Igreja católica e a Maçonaria”. Para além da mensagem, Jaime Ramos teve o mérito de conseguir reunir personalidades como Adalberto Campos Fernandes, Álvaro Beleza e Luís Marques Mendes na apresentação do livro e vários notáveis na primeira fila, com destaque para o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, Mira Amaral, Maria de Belém, Carlos Carreiras, Fernando Lima, Fernando Cabecinha, Fernando de Almeida e Vasco Lourenço.

A frase da noite coube a Álvaro Beleza, médico e presidente da SEDES, que estabeleceu Jaime Ramos como “cidadão especial, homem incansável, o Bissaya Barreto deste século, que deixa uma obra incomensurável em Coimbra”. Já Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde do primeiro Governo de António Costa, apelou a “uma sociedade inquieta, que precisa de pessoas atrevidas e destemidas que inquietem face ao debate político empobrecido que vivemos”. O Conselheiro de Estado Luís Marques Mendes considerou o livro “Sobressalto pela Esperança” como “algo ambicioso, que tem uma grande capacidade de fazer reflectir, através de um pessimismo interessante, virtuoso, provocante e desafiante”. A terminar, o médico Jaime Ramos voltou a pôr o dedo na ferida: caracterizou os portugueses como “povo demasiado acomodado”, recordando que “todos temos responsabilidades no estado de coisas porque vivemos em democracia”, e enunciou vários problemas nacionais, nomeadamente “a economia pouco competitiva, a destruição da classe média, as desigualdades na justiça, educação e até nas forças armadas, sem esquecer o despovoamento do interior e o envelhecimento da população”.

 

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