terça-feira, 10 de outubro de 2023

A humanização e a (falta de) educação

 


A vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro da Educação, Ana Cortez Vaz, proferiu a seguinte lição no período de antes da ordem do dia, na passada reunião do Executivo municipal, que é transmitida online: «Começo a minha intervenção de hoje pedindo aos presentes uma reflexão sobre o conceito de humanização, que é, segundo o novo dicionário da Língua Portuguesa, “realizar qualquer acto considerando o ser humano como um ser único e complexo, onde está inerente o respeito e a compaixão para com o Outro”. 

Humanizar é valorizar cada ser humano. É generosidade. É compaixão. É preocupação. É tolerância. É tornar confortável. É ser cortês. É ser educado. É acima de tudo, respeitar - respeitar o Outro e a nós próprios, enquanto elementos de uma comunidade/ sociedade. É com base nestes valores que pauto o meu trabalho e os das unidades orgânicas que dependem de mim. (…) Vejamos a citação do Papa Francisco “a educação é um dos caminhos mais eficazes para humanizar o mundo e a história. A educação é sobretudo uma questão de amor e de responsabilidade que se transmite no tempo, de geração em geração”». Com toda esta “homilia” onde é que a vereadora queria chegar? Ela própria respondeu: «A educação não é uma arma de arremesso, nem devia ser objecto, nunca, de manobras e ataques políticos. (…) Estamos a trabalhar, com responsabilidade, para a manutenção/reabilitação e conservação das escolas, que não foi feita nos últimos anos». Pois claro que estamos num mundo de deseducados, de desumanizados, de ingratos, de pessoas (se assim se pode dizer) que querem tudo. Se houver coisas mal tenham “respeito e compaixão” pela vereadora, conforme a definição que ela própria evocou.

 

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