quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Vina...Greta!


O país parou na terça-feira (03), durante toda a manhã, em grande expectativa, nomeadamente por quem esteve, das 08h00 às 13h00, na Doca de Santo em Lisboa, mas também por quem se aventurou durante essas horas nas águas do Tejo à espera de...imagine-se, Greta Thunberg! Quem? Uma adolescente de 16 anos que é, hoje, o símbolo do combate às alterações climáticas no mundo.



A causa parece-nos bem, óptima até. O facto de ser jovem e conseguir ser ouvida, compreendida e levar à acção é excelente, contudo, como em tudo o que é novo e, principalmente, estrangeiro, os portugueses exageram, cobiçam e chegam a roçar o ridículo. E foi, precisamente isso, que aconteceu esta terça-feira, em Lisboa.
Havia centenas de pessoas à espera da activista sueca, muitos jovens e também defensores das causas ambientais, o próprio presidente da Câmara de Lisboa e outros políticos ali estiveram a aguardar a “miúda”. Tudo bem, faz sentido.
O que nos parece claramente exagerado foi a cobertura por parte da comunicação social. Só a RTP (a televisão pública) tinha três jornalistas a acompanhar a chegada de Greta, dois deles em barcos no Tejo. Os telejornais da hora de almoço abriram com o assunto e ocuparam largos primeiros minutos com a sua vinda a Lisboa.
É caso para citar o nosso sempre oportuno Quim Barreiros: “Todos querem ver a Greta / Ou então tocar na Greta / Quem sabe beijar a Greta / Mas que grande sensação / Ou fotografar a Greta / Ou até pintar a Greta / Queremos rever a Greta / Mesmo na televisão”
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